APRESENTAÇÃO

 

A décima edição da Web-Revista significa de certa forma o próprio nome da revista – Discursividade – que talvez fosse discursividades. A palavra discursividade significa o irrepresentável do discurso, nesta edição talvez possa significar multiplicidade que marca posições diferenciadas em sua totalidade, ou seja, artigos que circunscrevem discursos, temas, áreas, disciplinas diferentes que, no entanto, em seu conjunto representa a heterogeneidade, condição que favorece leituras e debates múltiplos na ordem do discurso. Nesse sentido, apresentamos a composição desta edição.

O Prof. Ruberval F. Maciel nos apresenta uma discussão sobre tecnologia, política lingüística e ensino:

 

Another important aspect that is currently under debate on globalization studies is the narrative associated to the role of knowledge in a world of change. Knowledge society is frequently considered neutral descriptions of contemporary societies and cultural development. However, this assumption camouflages the issue of power and dominance and perpetuates a Eurocentric perspective of knowledge.

 

Os Professores Wesley A. Tomáz e Paulo C. Tafarello analisam o discurso que sustenta as práticas discursivas e não discursivas da Igreja Universal do Reino de Deus a partir do discurso de seu representante o Bisco Edir Macedo. Já a Profa. Maria Angêlica F. de Carvalha faz uma discussão peculiar sobre dos recursos tecnológicos aplicados aos multiletramento ao ensino de língua em suas aspectos orais e escritos.

A Profa. Mara R. Pacheco discuti

 

as questões da mestiçagem advinda da mistura das culturas, do barroquismo resultante do contato de diferentes povos. Embasados nas leituras de Gruzinsky, Laplantine & Nouss, Rodrigues e Boaventura Santos, perceberemos como cada um deles trata os temas que tanto representam a literatura da América Latina, e que embasam as discussões críticas da academia pertencentes ao Cone Sul, da qual nós, pesquisadores do Mato Grosso do Sul fazemos parte.

 

Os Professores Alessandro A. da Silva e Pedro Navarro fazem uma abordagem a respeito das

 

As denominações, por representarem uma posição discursiva em relação ao que se denomina, dão visibilidade ao sujeito que fala no interior dos enunciados e às formações discursivas a partir das quais emergem os enunciados. Diante deste contexto, o presente artigo tem como objetivo analisar as denominações em relação ao sujeito executivo presentes na versão online da revista Você S/A, buscando mostrar alguns dos saberes e dos poderes que vão se formando em relação a este sujeito por meio de várias práticas discursivas: que o constituem e que atravessam sentidos sobre ele.

 

O Prof. Nataniel dos S. Gomes, a partir da gerativa apresenta como são analisadas as interrogativa em Tupi e outras línguas indígenas tendo como ponto de partida os trabalhos de Brandon e Seki (1984) e Maia et alii (2000)

Da perspectiva da Análise do Discurso, a Profa. Maria A. P. de Souza Prudêncio analisa o discursos sobre a menos valia das expressões artísticas no espaço escolar para discutir o seu sentido. Já a Profa. Márcia M. Aparecida Alves análise as expressões idiomáticas da língua espanhola. O Prof. Claudinei M. dos Santos faz analisa do discurso sobre as cotas de negros na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul a partir da posição sujeito do não-negro.

Para finalizar o percurso de apresentação, ainda tem a Profa. Dieny G. S. de S. Melo que analisa os efeitos de sentidos do Proerd em alunos da escola pública. E ainda tem o resumo da dissertação do Prof. Toni Amorim.

Desejo uma boa leitura e discussão.

 

Desta Terra de Campo Grande.

Janeiro de 2012.

Prof. Marlon Leal Rodrigues.